Hoje, o mundo se move muito mais rápido do que há cinco ou dez anos. A grande maioria das pessoas, inevitavelmente, sente como se estivesse ficando para trás se não continuar investindo em si mesma. 

As habilidades necessárias para se desempenhar qualquer trabalho estão se transformando e exigindo novos aprendizados. A demanda por novas habilidades não terá precedentes, como já alertado pelo Fórum Econômico Mundial. Em 2025, até 97 milhões de novos empregos poderão ser criados por conta das disrupturas que a tecnologia continuará causando no ambiente de trabalho. 

A crença de que a aprendizagem só é efetiva quando associada a uma educação formal está caindo por terra. É nesse contexto que surge o conceito de lifelong learning  ou aprendizagem ao longo da vida.  Não uma aprendizagem obrigatória, mas voluntária, auto-motivada e contínua. O nunca-parar-de-estudar é uma tendência exaltada pela velocidade das transformações digitais e até mesmo pelas mudanças recentes impostas ao mundo em prol da saúde. A McKinsey, uma das maiores empresas globais de consultoria empresarial, apontou a “aprendizagem intencional” como a principal habilidade para as próximas décadas: “Experiências e interações do dia a dia propiciam oportunidades de aprendizado, mas apenas se você intencionalmente tratar cada momento como uma oportunidade de aprendizado”. 

Não se trata apenas de se desenvolver em determinadas áreas de conhecimento, mas também de aprender novas capacidades, como pensamento analítico, aprendizagem ativa, criatividade, inteligência emocional, entre outras. 

A ideia de “estudar por toda a vida” aumenta nossa capacidade de adaptação às mudanças, abre nossas mentes para novas possibilidades e conexões, fortalece nossas redes de contato e nossas  habilidades naturais.

E, para quem já chegou aos 60 e continua sua jornada de aprendizagem, a notícia boa é que, a partir desta idade, a interação dos dois hemisférios do cérebro se torna mais harmoniosa, expandindo nossas possibilidades criativas. É o que revelou uma pesquisa da George Washington School of Medicine and Health Sciences (Faculdade de Medicina e Ciências da Saúde da Universidade de Washington). 

O lifelong learning se tornou fundamental para o sucesso dos empreendedores na Nova Economia. Atualmente, muitos dos renomados empreendedores, como Mark Zuckerberg e outros visionários da tecnologia, compartilham uma coisa em comum: nenhum diploma universitário. Esse fato não surpreende muito a indústria, uma vez que, agora, há mais donos de empresas independentes sem um curso de quatro anos do que aqueles com diploma de bacharelado ou superior, diz uma pesquisa realizada pela CNBC e pela SurveyMonkey. 

Tempo e dinheiro sempre foram apontados como desculpas para se continuar estudando, mas estas barreiras são facilmente superadas. É possível aproveitar algumas horas do dia para encaixar a educação do jeito que for melhor para você, afinal, flexibilidade e versatilidade é o que mais desejamos em nossas vidas profissionais. E, com o lifelong learning, surgiram os MOOCs (Massive Open Online Courses), cursos à distância ministrados online por muitas universidades, faculdades e escolas do mundo todo.  

Para finalizar deixo aqui algumas dicas para você se tornar um lifelong learner e começar já sua jornada:

– mude seu mindset, encarando o aprendizado como um processo contínuo;

– cultive a curiosidade, o ponto de partida do aprendizado desde a infância;

– tenha uma razão forte para aprender e com temáticas de seu real interesse;

– separe algumas horas do dia para aprender algo;

– englobe tudo o que pode ajudar no desenvolvimento, principalmente as habilidades socioemocionais.

– saia de sua bolha, seja de amigos, de clubes, bairro, tipo de viagens ou cursos, urgente e se deixe levar pelo desconforto de algo que não é do seu dia a dia e, principalmente, aprenda a divergir e convergir para criar futuros melhores para você e para o mundo.

Se preparar hoje e sempre é a melhor maneira para lidar com o futuro.